A centralidade das discussões apresentadas no livro evidencia a importância da construção de uma Pedagogia Universitária como fonte de processos formativos e de profissionalização docente. O ponto de partida é o entendimento da universidade como espaço político, marcado por contradições, em que pesem as práticas nela desenvolvidas, forjadas por intencionalidades e pluralidade de ideias e concepções. O sentido eminentemente político da prática pedagógica vincula-se às finalidades e objetivos mais amplos, portanto, requer a consciência crítica com relação a determinadas condições e circunstâncias.
A
análise indica que a Pedagogia Universitária é um campo em construção, e que,
para construir compreensões sobre o conceito, faz-se necessário ressignificar a
docência, como expressão de uma profissão dotada de complexidade, articulada ao
sentido que tem a universidade, como instituição social, considerada como
manancial de produção de conhecimentos e de formação humana. Não se trata de
uma categoria específica de teoria pedagógica, mas de sistematizar
conhecimentos a respeito da universidade, da formação docente-discente, da docência,
dos estudantes, dos processos de ensino-aprendizagem em contexto, das políticas
educacionais nos níveis macro e micro. Por meio de experiências concretas de
pesquisa, a autora explicita a necessidade de examinar os condicionantes
sociais, políticos, econômicos e culturais, assim como as relações que se
estabelecem no interior da universidade e com a comunidade na qual está
inserida, considerando as questões relativas à formação, à cultura, ao saber, à
produção e disseminação do conhecimento.
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